Ao longo de minha enorme carreira como estágiariario(risos), uma característica que encontro em quase todos os artigos em que leio tem mantido quase idêntica,desde que comecei,foi o questionamento sistemático - e muitas vezes ingênuo dos privilégios do pessoal da criação. Um dia, um certo cara chamado ROBERTO JUSTOS(Um mero publicitário rsss) resolveu reunir todo mundo na agência e tentar esclarecer a razão desses privilégios usando um exemplo conhecido.
Lá vai...
" Na época os Mamonas Assassinas estavam no auge de seu sucesso e tinham acabado de sofrer o acidente fatal com o avião que os trazia de um show. Minha analogia não podia ser mais simples: eu pedia a todos que imaginassem que eu fosse o empresário da banda, o encarregado de negociar contratos,determinar os locais nos quais o conjunto iria se apresentar, buscar patrocínios,visitar clientes, distribuir cotas e controlar a bilheteria.Esse é o meu negócio.Outra pessoa controlaria a iluminação do show, outra controlaria o som, outra cuidaria da cenografia,outra do transporte e outra da segurança. Cada um cumpriria alguma tarefa exatamente nos moldes do organograma de uma agência, com sua mídia,seu planejamento,sua produção e seu atendimento.Nesse meu exemplo - como parecia também ser o caso do sucesso impressionante dos Mamonas Assassinas - tudo funcionava perfeitamente bem,a banda faria cada vez mais sucesso e todo mundo teria cada vez mais trabalho.
Mas,de repete, uma avião cai - e a banda acaba. O que mais acontece com todo mundo? O que eu faço com meus contratos, os locais do show os patrocínios as cotas e as bilheterias? O que se faz com a cenografia, o som,a iluminação?Todo mundo tem de sair para o mercado, procurando ser contratado por algum outro artista ou alguma outra banda se quiser continuar trabalhando.
Então o que era, na verdade, o nosso negócio? Os shows - mais eram shows de uma banda. A bilheteria da banda, o som , mais o som da banda.Quem representam então, os Mamonas Assassinas se refletidos no organograma de qualquer agência era o setor de criação?
E sem criação não tem produto, sem produto não tem cliente e sem cliente ninguém vai precisar administrar show´s,controlar bilheterias, cuidar do som,de cenário ou da luz.Sem criação, o que colocaríamos no ar? O sorriso do diretor de mídia? O show é deles. Com suas campanhas, eles criam a imagem do produto o nicho de mercado para o qual se vai atuar e, de resto, todas as funções da Agências."
(Trecho tirado do Livro Construindo uma Vida Roberto Justos)
Resumindo.
Criação, para a minha pessoa, a melhor área para se trabalhar dentro de uma agência.
CRIAÇÃO, AQUI VOU EU!!!