quarta-feira, 16 de julho de 2008

Prestigio da CRIAÇÃO

Ao longo de minha enorme carreira como estágiariario(risos), uma característica que encontro em quase todos os artigos em que leio tem mantido quase idêntica,desde que comecei,foi o questionamento sistemático - e muitas vezes ingênuo dos privilégios do pessoal da criação. Um dia, um certo cara chamado ROBERTO JUSTOS(Um mero publicitário rsss) resolveu reunir todo mundo na agência e tentar esclarecer a razão desses privilégios usando um exemplo conhecido.
Lá vai...
" Na época os Mamonas Assassinas estavam no auge de seu sucesso e tinham acabado de sofrer o acidente fatal com o avião que os trazia de um show. Minha analogia não podia ser mais simples: eu pedia a todos que imaginassem que eu fosse o empresário da banda, o encarregado de negociar contratos,determinar os locais nos quais o conjunto iria se apresentar, buscar patrocínios,visitar clientes, distribuir cotas e controlar a bilheteria.Esse é o meu negócio.Outra pessoa controlaria a iluminação do show, outra controlaria o som, outra cuidaria da cenografia,outra do transporte e outra da segurança. Cada um cumpriria alguma tarefa exatamente nos moldes do organograma de uma agência, com sua mídia,seu planejamento,sua produção e seu atendimento.Nesse meu exemplo - como parecia também ser o caso do sucesso impressionante dos Mamonas Assassinas - tudo funcionava perfeitamente bem,a banda faria cada vez mais sucesso e todo mundo teria cada vez mais trabalho.
Mas,de repete, uma avião cai - e a banda acaba. O que mais acontece com todo mundo? O que eu faço com meus contratos, os locais do show os patrocínios as cotas e as bilheterias? O que se faz com a cenografia, o som,a iluminação?Todo mundo tem de sair para o mercado, procurando ser contratado por algum outro artista ou alguma outra banda se quiser continuar trabalhando.
Então o que era, na verdade, o nosso negócio? Os shows - mais eram shows de uma banda. A bilheteria da banda, o som , mais o som da banda.Quem representam então, os Mamonas Assassinas se refletidos no organograma de qualquer agência era o setor de criação?
E sem criação não tem produto, sem produto não tem cliente e sem cliente ninguém vai precisar administrar show´s,controlar bilheterias, cuidar do som,de cenário ou da luz.Sem criação, o que colocaríamos no ar? O sorriso do diretor de mídia? O show é deles. Com suas campanhas, eles criam a imagem do produto o nicho de mercado para o qual se vai atuar e, de resto, todas as funções da Agências."

(Trecho tirado do Livro Construindo uma Vida Roberto Justos)

Resumindo.

Criação, para a minha pessoa, a melhor área para se trabalhar dentro de uma agência.

CRIAÇÃO, AQUI VOU EU!!!

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